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Altos e baixos

A casa era cheia de altos e baixos Haviam muros altos Pensamentos baixos Haviam portas altas Coragem baixa Havia Tvs altas, nas alturas Voz baixa Havia camas altas Corpo baixo Os altos daquela casa, gritavam Os baixos, sussurravam Até que os baixos da casa não quiseram mais sussurrar E quando começaram a gritar Teve choro Teve sentimento Teve lamentação e arrependimento Teve cura...
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Oi...

Oi Eis aqui alguém Oi Eu sei que você tá aí, lendo e sentindo e sendo Tudo bem não estar bem Tudo bem transbordar as lágrimas Tudo bem... Tudo bem se permitir ter sentimentos Tudo bem não ser constante Tá tudo bem? Não, nem sempre tá É verdade A gente sente muita coisa Talvez por que dentro bate um coração que pulsa de acordo com o que a gente sente E tudo bem sentir com ou sem intensidade Nem sempre tá tudo bem Você vai me escutar se eu disser que não tá tudo bem? Você vai querer ver minhas lágrimas? Nem sempre tá tudo bem... Por que a gente não é máquina A gente não tem óleo correndo pelas veias É sangue Tem carne e osso aqui nesse corpo Tem sentimento... Muito sentimento Às vezes tem ansiedade Às vezes tem ira Às vezes tem mansidão Às vezes tem alegria Às vezes tem necessidade de ser ouvida Às vezes tem necessidade de calar e ouvir Às vezes tem medo... Oi Eis aqui alguém Alguém que ama... Que odeia... Que perdoa... Que chora... Que ri... Eu sei que v

Talvez seja apenas saudade...

Talvez eu cale a minha boca Na ânsia de encontrar a tua Talvez eu diga besteiras Ou apenas cale para acalmar Às vezes é melhor viver de solidão Seria bombagem? Alegria só é alegria mesmo, quando compartilhada? Num dia de domingo Quando o dia já amanhece com preguiça de pensar Eu ouvi tuas palavras Às vezes eu tenho vontade Às vezes a vontade me tem E eu  nesse entremeio Não me responsabilizo por nada Um toque na pele Um cheiro na alma Uma saudade de quê?

Mudar...

Eram talvez 6 da manhã quando de súbito veio aquela ideia de levantar e não ser mais eu, digo, não ser mais aquela que há tanto tempo eu conhecia, aquela que nada a nada fazia. Era talvez um dia frio, que seria de monotonia, domingo talvez, acho que chovia, é, chovia lágrimas do céu. Ao longe uma música chata, os olhos fechados, a mente atenta, os ouvidos em alerta, o cheiro de café e o toque suave do lençol e por dentro a vontade sem força de levantar e já não ser mais eu, talvez metamorfosear, talvez flexibilizar a vida corrida. Era um domingo, de música chata ao fundo, de cheiro de orvalho e café. Eu ainda era a mesma.

Poeta

Você, tão poeta e tão menino Com suas certezas e medos Incertezas reprimidas E sua vida tão mal ouvida Tuas poesias tão frágeis Teus olhares tão transparentes Tua água transbordando o copo Tua vida a insaciedade Insanidade tua de cada dia Beleza rara tão aplaudida Poeta homem Ontem menino Hoje não é tarde demais para se entender